Portugal é o melhor país para comprar segunda habitação – porquê? Estrangeiros procuram qualidade de vida e segurança em Portugal, refugiando-se da instabilidade política e económica dos seus países. 18 nov 2022 min de leitura Comprar uma segunda casa é a opção de muitos estrangeiros, seja para viver, para passar férias, ou até mesmo para fazer negócio com o arrendamento ou Alojamento Local. E na hora de escolher um destino para fazer este tipo de investimento, a qualidade de vida, segurança e paz que um país oferece são fatores que pesam, além da relação qualidade-preço das casas e do custo de vida. É por tudo isto que Portugal é considerado o melhor país para comprar a segunda habitação, entre 34 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). E os agentes do mercado confirmam que estão a chegar cada vez mais estrangeiros ao nosso país para comprar uma segunda casa. São famílias que chegam, sobretudo, de territórios onde a instabilidade política, económica e social está instalada, como é o caso dos EUA, do Brasil, do Reino Unido. Ou também de países que fazem fronteira com a Rússia ou a Ucrânia, onde se vive hoje um conflito armado. Passando a pente fino o custo de vida, atividades de lazer e o aumento do valor das casas para comprar e para arrendar de 34 países da OCDE, a ‘Compare the Market Australia’ concluiu que Portugal é o melhor país para comprar uma segunda casa em 2022. Contactados pelo idealista/news, vários especialistas em imobiliário analisam estes resultados e explicam o que faz afinal com que Portugal esteja na mira das famílias estrangeiras para comprar uma segunda habitação e se posicione melhor face a outros destinos. Conjuntura internacional tem influência na compra de segunda habitação em Portugal : como? A conjuntura internacional tem “definitivamente influência” na transação de casas como segunda habitação no nosso país. Isto quer dizer que vários estrangeiros residentes em pontos do globo, que apresentam tensões geopolíticas, estão de olhos postos em adquirir uma segunda casa em Portugal. E estes investidores internacionais são oriundos de países como: EUA: “Os norte-americanos, sobretudo os californianos, procuram um estilo de vida muito semelhante ao que tinham na Califórnia, próximo do mar, da praia e do surf, mas num ambiente de segurança. Para os investidores americanos existe, agora, um motivo acrescido para a compra de casa em Portugal, que é a atual valorização do dólar face ao euro, pois torna o preço do imobiliário português ainda mais acessível .Tem sido sentida uma “procura muito acentuada por parte de norte-americanos que escolhem estabelecer-se no nosso país em 2021 e 2022”; Brasil: “A nova vaga de investimento brasileiro no imobiliário nacional começou pouco antes das eleições e intensificou-se com a segunda volta. São compradores que, devido à desvalorização do real, não estavam focados em Portugal e que agora estão fortemente a olhar para o nosso país”l; Europa: num contexto de guerra entre a Rússia e a Ucrânia, “Portugal beneficia da sua posição geográfica na Europa, sendo o país europeu mais longe do conflito” e tira vantagem também a sua “estrutura político-social estável, que é muito valorizada a nível europeu neste momento”. É por isso que algumas famílias que vivem em países próximos do conflito estão a pôr em marcha um plano B e olham para Portugal como destino final, de forma a morar longe do centro da instabilidade, como é o caso dos dinamarqueses e os suecos. Além disso, "o cenário de guerra atual trouxe vários clientes russos, que fugiram ao regime, e igualmente ucranianos, por verem em Portugal um porto seguro para as suas famílias". Reino Unido: “Os britânicos, que sempre investiram em Portugal, estão também cada vez mais ativos na procura de casa no nosso país, em consequência do Brexit e da instabilidade governativa que a saída da União Europeia trouxe, e vai continuar a trazer ao país nos próximos anos”. A verdade é que a crise financeira – que assolou a Europa entre 2007 e 2015 – “abriu as portas do nosso país a muitas outras nacionalidades para além dos britânicos e dos alemães, que sempre estiveram ativos como compradores de segunda habitação em Portugal”. A “forte dinâmica” de famílias estrangeiras na compra de uma segunda casa é sentida desde os brasileiros, ingleses, franceses, alemães, chineses, turcos, italianos ou, mais recentemente, norte-americanos. Que outros fatores tornam Portugal o melhor país para comprar a segunda casa? Olhando para 34 países da OCDE - organização que possui um total de 38 Estados -, a ‘Compare the Market Australia’ concluiu que Portugal é o melhor país para comprar uma segunda casa, tendo conseguido a classificação de 7,27 pontos num total de 10. Assim, o território nacional ficou à frente de países como a Hungria, Turquia, República Checa e a Estónia, que perfazem o top 5 dos melhores destinos para adquirir uma segunda habitação. Já no fundo da lista ficaram Israel (2.03 pontos), Suíça (2.77) e Noruega (2.77), tendo sido classificados como os piores países para comprar uma segunda casa. Mas quais são os outros fatores que tornam Portugal um país ideal para comprar a segunda habitação, além da estabilidade política e social? Segundo o mesmo estudo, o nosso país tem uma pontuação “particularmente alta” pela proporção de restaurantes, com 349 por 100.000 habitantes. Além disso, Portugal também pontua bem pelo seu custo médio de vida, sendo de 549,28 dólares por mês por pessoa (cerca de 532 euros/mês, tendo em conta a taxa de câmbio atual), de acordo com o documento publicado em setembro deste ano. Já no que diz respeito ao preço das casas para comprar, o mesmo estudo refere que os valores em Portugal subiram 67% em dez anos. Questionados pelo idealista/news sobre os motivos que tornam o nosso país especial para comprar uma habitação, os players do mercado imobiliário apontam os seguintes fatores tornam Portugal um país ideal para viver, além de visitar: Segurança: Portugal foi considerado o sexto país mais seguro do mundo pelo Global Peace Index, do Instituto de Economia e Paz. E este é um “fator determinante para quem procura passar férias em Portugal, investir numa segunda habitação ou decidir viver no nosso país”. Qualidade de vida: boa relação qualidade-custo face a outros países europeus e do mundo. “Com a implementação do trabalho remoto, um cidadão com um salário de um país mais rico, como por exemplo os americanos, vive incomparavelmente melhor aqui do que no seu país de origem” É por este motivo que Portugal está na mira dos nómadas digitais; Casas para comprar com “ótima” relação qualidade-preço, apesar da subida de preços nos últimos anos: “Comparando com as grandes capitais internacionais, Lisboa continua a oferecer uma elevada qualidade de arquitetura e construção a preços por m2 mais baixos do que a vizinha Madrid ou Barcelona”; Regimes fiscais para estrangeiros: com o regime de residentes não habituais, vistos para nómadas digitais e o programa vistos gold - ainda que o Governo esteja a estudar o fim das autorizações de residência por investimento; Clima “ideal": Portugal possui "uma temperatura quente durante a maior parte do ano”. Qualidade e acessibilidade das praias: “Lisboa, por exemplo, é a única capital europeia que tem praia a 15 minutos de distância do centro cidade”. Diversidade do património natural, histórico, arquitetónico e cultural; Hospitalidade: “Portugal tem uma capacidade de acolhimento conhecida por todo o mundo, onde recebemos de braços abertos”. Oferta gastronómica de qualidade; Educação e saúde de qualidade. Como existem “mais motivações” para adquirir uma segunda casa em Portugal, o mercado residencial português tem, hoje, “mais compradores e mais localizações de compra". “Já não somos apenas um destino de férias: somos também um destino de investimento sólido, um destino de trabalho e para grandes empresas multinacionais, um destino de ensino. E isso traz pessoas e famílias, nacionais e internacionais, nas mais diversas fases da vida, para comprar uma segunda casa”. Por outro lado, desde o início de outubro, Portugal conta com uma nova Lei dos estrangeiros, que entre outras medidas prevê vários pontos que podem continuar a animar o mercado imobiliário: facilitar a emissão de vistos para os cidadãos da CPLP; criar um visto para a procura de trabalho; acabar com o regime de quotas para a imigração; facilitar a obtenção de visto de residência aos estudantes estrangeiros que frequentam o ensino superior em Portugal; atribuir um visto de residência ou estada temporária aos nómadas digitais. Partilhar artigo FacebookXPinterestWhatsAppCopiar link Link copiado