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Tendências no imobiliário europeu para 2022: O que esperar?

Segundo o estudo ´Tendências Emergentes na Europa Imobiliária 2022 – Caminho para a Recuperação´, elaborado pela PwC e pelo Urban Land Institute (ULI), o papel da Covid-19 como acelerador de tendências tem endurecido. Conheça as previsões para o próximo ano.
19 jan 2022 min de leitura

As tendências emergentes no imobiliário europeu revelam que a pandemia mudou o negócio do imobiliário de uma forma "profunda e potencialmente permanente." Segundo o estudo 'Tendências Emergentes na Europa Imobiliária 2022 – Caminho para a Recuperação', elaborado pela PwC e pelo Urban Land Institute (ULI), a que o Iberian Property teve acesso, verifica-se uma subida de 'sentimento', à medida que as economias europeias recuperam de 2020 e os líderes imobiliários reportam resultados melhores do que o esperado.

O sucesso com as estratégias de trabalho a partir de casa, a crescente digitalização da indústria e a confirmação de teses de investimento a longo prazo contribuíram para um sentido de alívio.

Ainda assim, o papel da Covid-19 como acelerador de tendências tem endurecido, refere a plataforma. Paralelamente, o seu impacto nas cadeias de abastecimento e na mobilidade laboral traduziu-se num aumento dos custos de construção.

Capitais próprios parecem abundantes, mas o acesso é limitado em alguns setores

De acordo com o Iberian Property, estima-se que a dívida e os capitais próprios sejam abundantes, embora existam diferenças entre os segmentos que tiveram um 'bom' desempenho durante a pandemia e os que sofreram.

Nesta senda, a procura de ativos nucleares continua a crescer, obrigando a que os preços aumentem em alguns setores, refere Jorge Figueiredo, Real Estate Lead Partner da PwC Portugal. Contudo, "talvez seja altura de parar de esperar que os ativos nucleares maduros invistam e comecem a procurar, em vez disso, desenvolver os seus rendimentos", sustenta o responsável.

Ao mesmo tempo, um rendimento seguro continua a influenciar a subida da procura de novas infraestruturas energéticas, as ciências da vida e os 'data centers'. Ainda assim, os investidores consideram que estes segmentos podem oferecer menos risco de rendimento, mas surgem com mais complexidade de gestão e menor liquidez.

Faz ainda sobressair a plataforma que os líderes do setor também estão confiantes sobre a disponibilidade de financiamento dos credores, embora não tão otimistas como em relação aos capitais próprios. Só quando se trata de disponibilidade de dívida para setores alternativos é que mais inquiridos acreditam que a disponibilidade irá crescer.

(RE)pensar escritórios e casas

Os dados da consultora mostram ainda que "o futuro do trabalho é híbrido." Isto porque os resultados de uma recolha de inquéritos mostram que 63% das pessoas querem ter a possibilidade de escolher o seu local de trabalho e 88% querem ter horários flexíveis.

O mesmo se aplica às casas. Com um número crescente de famílias e a mudança de perfis surge a necessidade de (re)tamanho de casas, o que pode resultar em mais dificuldades para o planeamento de parcelas antigas. A somar a isto, a procura é agora maior para casas com áreas exteriores e espaços de trabalho adequados.

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