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Investimento imobiliário comercial quase duplica no arranque de 2022

Poderá ser alcançado um novo recorde de investimento em 2022 superando os 3.000 milhões de euros, aponta a CBRE.
22 mai 2022 min de leitura
 

investimento imobiliário comercial continua a bom ritmo em Portugal, mostrando a resiliencia do setor. Só de janeiro a março de 2022, este investimento fixou-se em 380 milhões de euros, quase o dobro do valor registado no primeiro trimestre de 2021, segundo os dados divulgados pela consultora CBRE esta quinta-feira, dia 19 de maio de 2022.

“O investimento em imobiliário comercial atingiu os 380 milhões de euros no primeiro trimestre de 2022, quase o dobro em relação ao período homólogo do ano anterior”, indicou, em comunicado, a consultora imobiliária.

Por segmento, a logística e escritórios estão entre as classes de ativos com maior volume de investimento. Entre janeiro e março, no caso da logística, somaram-se seis transações concluídas. E a mais cara de todas foi a do Azambuja Green Logistics Park, comprado pela Southern European Logistics Fund e pela Aquila Capital por 100 milhões de euros. No caso os escritórios, foi a compra da sede da Tranquilidade pelo fundo suíço AFIIA, por 67 milhões de euros, a operação de maior valor neste segmento.

Depois de se ter assistido a um arranque do ano animador, as expectivas para o investimento imobiliário comercial arrecadado no final de 2022 estão também em alta: "A CBRE antecipa um forte volume de investimento ao longo do ano e prevê que o volume de negócios ultrapasse a referência dos três mil milhões de euros que se verificava antes da pandemia, podendo mesmo ser alcançado um novo recorde em 2022", lê-se no documento.

Venda de escritórios
Sede da Tranquilidade, em Lisboa / Google Maps

É esperado crescimento da renda nos escritório e retalho alimentar

No primeiro trimestre, a procura por ativos logísticos continuou a exercer pressão sobre as ‘prime yields’, que recuaram 25 pontos base em relação ao trimestre anterior, em Lisboa e no Porto.

“Antecipamos um efeito de compressão, nomeadamente em logística, determinadas zonas de escritórios e retalho alimentar, suportada num expectável crescimento da renda decorrente de uma procura, em alguns casos, ainda superior à oferta disponível, que deverá ser monitorizado com atenção, pois existem vários fatores de risco relevantes no horizonte”, apontou o diretor de capital markets da CBRE Portugal, Nuno Nunes, citado em comunicado.

Por sua vez, a diretora de ‘research’ da CBRE Portugal ressalvou que, apesar da subida das taxas de juro, existe uma “elevada liquidez” para investir no imobiliário. "Não obstante, podemos ver o adiamento de algumas operações de 'forward funding' e 'forward purchase' devido à incerteza relacionada com o aumento dos custos de construção", refere ainda Cristina Arouca citada no documento.

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